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Com um investimento de US$ 4,6 bilhões, a empresa chilena promete revolucionar a indústria com foco em sustentabilidade, inovação tecnológica e geração de empregos
A América do Sul tem se consolidado como principal região fornecedora de celulose para o mercado global, sobretudo Brasil e Chile. No mercado brasileiro, o maior exportador de celulose do mundo – somando US$ 7,9 bilhões em 2023, o crescimento dessa indústria é marcado por grandes projetos que impulsionam seu desenvolvimento. Diante desse cenário, o setor soma investimentos de R$ 105 bilhões até 2028, abrangendo a construção de novas fábricas, ampliação de unidades e melhorias em infraestrutura.
Nesse contexto, o país recebe um grandioso projeto da chilena Arauco, produtora que conta com cinco plantas de celulose no Chile, uma na Argentina e uma no Uruguai. Com capacidade de produção de aproximadamente 5,2 milhões de toneladas de celulose por ano, emprega mais de 18 mil funcionários diretos.
A Arauco tem uma capacidade de produção de aproximadamente 5,2 milhões de toneladas de celulose por ano, com sete plantas produtivas na América do Sul. Presente no Brasil desde 2002, a Arauco já atua no país por meio dos negócios Florestal e de Painéis de Madeira. “Acreditamos que o Brasil desempenha um papel fundamental na estratégia global da nossa companhia”, relata Theofilo Militão, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco do Brasil.
O MAIOR INVESTIMENTO DA HISTÓRIA ARAUCO
Nomeado Projeto Sucuriú, a nova fábrica da Arauco representa o maior investimento na história da empresa, somando aportes na ordem de US$ 4,6 bilhões e elevando sua capacidade produtiva anual no Brasil para 3,5 milhões de toneladas de celulose branqueada.
Um dos diferenciais da unidade é seu desenvolvimento focado em tecnologias voltadas para a indústria 4.0. “A nossa parceira de tecnologia será responsável pela entrega completa do processo de produção, com um sistema de automação avançado e soluções de controle de fluxo para toda a fábrica”, indica Theofilo. A operação engloba sistemas automatizados projetados para maximizar a eficiência energética, reduzir custos operacionais, otimizar desempenho, além de minimizar o volume de resíduos e as emissões de gases de efeito estufa, de acordo com as práticas sustentáveis adotadas globalmente.
A integração de soluções de conectividade, do processamento da madeira até o controle de qualidade da celulose, trará ainda mais segurança e otimização, seja na tomada de decisões ou na eficiência do uso de recursos naturais.
Atualmente, a obra do projeto está na fase de terraplanagem, e a construção da planta começará no primeiro semestre de 2025, com previsão de início das operações no segundo semestre de 2027. De acordo com o executivo, a expectativa é de que o Projeto Sucuriú gere em torno de 14 mil empregos no pico da obra, ainda na fase de implantação. Quando concluída, a fábrica deve empregar cerca de 6 mil trabalhadores, considerando o setor florestal, fábrica e logística.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Além dos investimentos em infraestrutura, a Arauco intensifica suas ações de responsabilidade social, promovendo o desenvolvimento da comunidade local em parceria com o Poder Público Municipal e Estadual e instituições como o Sistema S (Sebrae, Sesc, Senac e Senar) e a FIEMS (Sesi, Senai e IEL). A empresa investe na capacitação de mão de obra e na qualificação de fornecedores, oferecendo iniciativas como o Encceja e cursos gratuitos do Senai, direcionados às demandas específicas da terraplanagem e de futuros setores produtivos.
Nesse contexto, o Plano Estratégico Socioambiental (PES) do Projeto Sucuriú irá estabelecer ações e investimentos públicos e privados nas áreas de emprego e renda, saúde, educação, assistência social, segurança pública, transporte, saneamento, habitação e ordenamento territorial e conservação ambiental.
BRASIL NA LIDERANÇA GLOBAL NA PRODUÇÃO DE CELULOSE
Com o aumento da demanda global por produtos sustentáveis, o Brasil se consolidou como líder na produção e exportação de celulose. O país, com suas vantagens logísticas e competitivas, continua a se destacar como um protagonista do mercado mundial, enquanto grandes projetos como o Sucuriú ajudam a reforçar esta posição.
“Esse mercado tem sido impulsionado por uma demanda crescente por produtos de papel e embalagens sustentáveis em todo o mundo”, destaca o diretor. Acelerar a transição para uma economia mais verde, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento local, coloca o Brasil na vanguarda da produção de celulose, como uma referência global em sustentabilidade e inovação.